BARATA ELETRICA

numero 10 - maio/1996

http://www1.webng.com/curupira/index.html Email derneval@gmail.com



BARATA ELETRICA, numero 10
Sao Paulo, 8 de maio, 1996

---------------------------------------------------------------------------

Creditos:
--------

Este jornal foi escrito por Derneval R. R. da Cunha
(wu100@fim.uni-erlangen.de - http://www.geocities.com/SiliconValley/5620)
Com as devidas excecoes, toda a redacao e' minha. Esta' liberada a copia
(obvio) em formato eletronico, mas se trechos forem usados em outras
publicacoes, por favor incluam de onde tiraram e quem escreveu.

DISTRIBUICAO LIBERADA PARA TODOS, desde que mantido o copyright e a gratu-
idade. O E-zine e' gratis e nao pode ser vendido (senao vou querer minha
parte).

Para contatos (mas nao para receber o e-zine) escrevam para:

rodrigde@spider.usp.br

wu100@fim.uni-erlangen.de

Correio comum:

Caixa Postal 4502
CEP 01061-970
Sao Paulo - SP
BRAZIL

Numeros anteriores (ate' o numero 9):

ftp://ftp.eff.org/pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica
gopher://gopher.eff.org/11/Publications/CuD/Barata_Eletrica
http://www.eff.org/pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica

ou ftp://etext.archive.umich.edu/pub/Zines/BerataElectrica
gopher://gopher.etext.org/00/Zines/BerataElectrica
(contem ate' o numero 8 e e' assim mesmo que se escreve, erro deles)

ATENCAO - ATENCAO - ATENCAO

Web Page do Fanzine Barata Eletrica:
http://www.geocities.com/SiliconValley/5620
Contem arquivos interessantes.
ATENCAO - ATENCAO - ATENCAO

NO BRASIL:

http://curupira.webng.com/ufsc/cultura/barata.html
ftp://ftp.ufba.br/pub/barata_eletrica

(Normalmente, sao os primeiros a receber o zine)

MIRRORS - da Electronic Frontier Foundation onde se pode achar o BE
/pub/Publications/CuD.

UNITED STATES:
etext.archive.umich.edu in /pub/CuD/Barata_Eletrica
ftp.eff.org in /pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica
aql.gatech.edu in /pub/eff/cud/Barata_Eletrica
world.std.com in /src/wuarchive/doc/EFF/Publications/CuD/Barata_Eletrica
uceng.uc.edu in /pub/wuarchive/doc/EFF/Publications/CuD/Barata_Eletrica
wuarchive.wustl.edu in /doc/EFF/Publications/CuD/Barata_Eletrica
EUROPE:
nic.funet.fi in /pub/doc/cud/Barata_Eletrica
(Finland)
(or /mirror/ftp.eff.org/pub/Publications/CuD/Barata_Eletrica)
ftp.warwick.ac.uk in /pub/cud/Barata_Eletrica (United Kingdom)
JAPAN:
ftp.glocom.ac.jp in /mirror/ftp.eff.org/Publications/CuD/Barata_Eletrica
www.rcac.tdi.co.jp in /pub/mirror/CuD/Barata_Eletrica


OBS: Para quem nao esta' acostumado com arquivos de extensao .gz:
Na hora de fazer o ftp, digite binary + enter, depois digite
o nome do arquivo sem a extensao .gz
Existe um descompactador no ftp.unicamp.br, oak.oakland.edu ou em
qualquer mirror da Simtel, no subdiretorio:

/SimTel/msdos/compress/gzip124.zip to expand it before you can use it.
Uma vez descompactado o arquivo GZIP.EXE, a sintaxe seria:
"A>gzip -d arquivo.gz

No caso, voce teria que trazer os arquivos be.??.gz para o
ambiente DOS com o nome alterado para algo parecido com be??.gz,
para isso funcionar.

NO BRASIL:
http://curupira.webng.com/ufsc/cultura/barata.html

==========================================================================


ULTIMO RECURSO, para quem nao conseguir acessar a Internet de forma direta,
mande carta (nao exagere, o pessoal e' gente fina, mas nao e' escravo, nao
esquecam aqueles encantamentos como "please" , "por favor" e "obrigado"):

fb2net@netville.com.br
hoffmeister@conex.com.br
drren@conex.com.br
wjqs@di.ufpe.br
aessilva@carpa.ciagri.usp.br
dms@embratel.net.br
clevers@music.pucrs.br
rgurgel@eabdf.br
invergra@turing.ncc.ufrn.br

CREDITOS II :
Sem palavras para agradecer ao pessoal que se ofereceu para ajudar na
distribuicao do E-zine, como os voluntarios acima citados, e outros,
como o sluz@ufba.br (Sergio do ftp.ufba.br), e o delucca do www.inf.ufsc.br
Igualmente para todos os que me fazem o favor de ajudar a divulgar o Barata
em todas as BBSes pelo Brasil afora.

OBSERVACAO: Alguns mails colocados eu coloquei sem o username (praticamente
a maioria) por levar em conta que nem todo mundo quer passar por
colaborador do BE. Aqueles que quiserem assumir a carta, mandem um mail
para mim e numa proxima edicao eu coloco.

INTRODUCAO:
===========

Finalmente consegui minha conta de volta. Para quem nao sabe, estive
sem acessar minha conta rodrigde@usp.br desde de 17 de janeiro deste ano.
Nao foi muito facil, durante este tempo, mas tambem nao foi dificil. Por
varias razoes, to considerando outra conta internet alem da wu100@fim.uni-
erlangen.de. Se voce me escrever e nao receber resposta, provavelmente algo
aconteceu e e' melhor me mandar e-mail atraves da lista hackers da unicamp.
(http://www.dcc.unicamp.br/Esquina-das-Listas)
Estou tambem com uma pagina na Web, especifica para o Barata Eletrica
e para a lista Hackers. Coloquei ate' alguns arquivos nela que nao tem
muito a ver com minha filosofia, de nao entrar fundo nesse papo de
cracking. O curioso e' que dois dias depois que abri a pagina na web, minha
conta foi "liberada". To preparando uns links para colocar la'. Tinha umas
setenta visitas, a ultima vez que vi.
Mais uma vez apareci no Jornal, desta vez o ESTADO DE SAO PAULO
(sexta, 26 de abril de 96). Junto com uma materia do Mitnick. Foi legal,
aparecer no Caderno 2 do jornal "O ESTADO DE SAO PAULO". O meu medo e' que
todo mundo que viu, primeiro perguntou se eu sabia assaltar banco por
computador. Curti a reportagem, o cara ate' que nao crucificou o sujeito.
Minha paranoia e' outra. Existe a figura do analfabeto funcional. E se...
.. algum policial que nao ler o texto com atencao me ver e confundir com
o Mitnick, vai ser um barato explicar que fucinho de porco nao e' tomada.
Putz. "O hacker mais conhecido do Brasil". Fazer o que? Nao deixa de ser
verdade. Pelo menos o Graieb (autor) colocou o lance que o Mitnick nao fez
dano que realmente justificasse tudo aquilo. Para colocar os pingos nos i,
resolvi escrever alguma coisa sobre o assunto, como o cara foi preso, etc.
Ajudei o reporter a fazer a materia, achei que ficou boa, mas ponho um
monte de ressalvas sobre o que falei e o que nao falei. Houve erros ..
comento isso porque, com esse negocio de novela, realmente detesto ser
chamado de hacker.
De resto, aparecer e' bom pro ego. Mas aviso aos navegantes: se eu tivesse
um pingo de preocupacao em fazer besteiras pela rede, nao publicava o
Barata Eletrica com o meu nome, muito menos colocava minha foto. Presumindo
que eu saiba fazer algo, nao adianta vir me perguntar como e'. E o dia em
que eu for ensinar algo, vai ser em curso aberto, com propaganda e tudo. Se
isso acontecer. Nao tenho nenhum tempo para gastar fazendo besteiras do
genero "crime perfeito". Nem a materia disse que um hacker se preocupa em
fazer isso.
A minha razao de aparecer na imprensa e' pura e simplesmente divulgar
que o que e' chamado de "Computer Underground" possui uma rapaziada que
pode ajudar muito toda a comunidade informatica. E' hora de unir esse
pessoal. As grandes corporacoes ate' que fazem umas unioes desses cranios,
mas com objetivo de ganhar grana. Tem um monte de contribuicoes que ja'
foram feitas por essa mocada que .. nao sao lembradas. Quem se lembra do
nome do autor do PKZIP? Pois e', mas e' uma pessoa fisica, quem comecou a
PKWARE. Existia um compactador, o PKARC (que usava extensao .arc) e um
programador que conseguiu fazer algo melhor e.. lancou p. mocada, como
shareware. Imagina se a IBM ia fazer isso? O cara que fez o VIRUSCAN,
tambem comecou mandando correio eletronico para a mocada, pedindo copias
dos virus. Isso, no tempo em que o negocio era so' BBS. Tenho ate' copias
em algum lugar. Os caras montam empresas e ninguem lembra desses detalhes.
Sao fucadores que lancam imediatamente os "patches" os remendos para os
softwares que vem com defeito de fabrica. Os primeiros a detectar. Fucador
de micro ou "hacker" pode ser tambem esse nome, sao pessoas que sacam o
lance e muitas vezes nao recebem credito pelas benesses que deixam por ai'.
E' essa mocada que queria que se reunisse. Ta' certo que existe o lado da
quebra de senhas, esses baratos. Mas isso e' um sub-sub-produto da
inteligencia do cara. Se um bando deles quisesse se unir para detonar com a
Internet, isso ja' teria acontecido muito antes e nunca aconteceu, por um
motivo simples. Um gato nao faz coco onde dorme. E' o mesmo raciocinio.
Aqueles que acreditam que hackers sao um bando de vandalos sem nada melhor
que fazer do que prejudicar os outros devia pensar melhor que existe gente
muito pior por ai', como certos politicos, que conseguem danificar muito
mais a vida de muito mais gente, com muito menos esforco. E ninguem faz
nada. Quando um "hacker" pisa na bola, tem outro que se oferece para pegar
o cara. Nao to falando do Mitnick, mas de outros lances que ja' pintaram.
Mas deixa para la'. Os inocentes sempre pagam pelos culpados. "O sistema
deve ser protegido" - me falaram isso quando "congelaram" minha conta. A
que foi liberada.
Mas mudando de assunto, pus ai' uma materia sobre confianca, que e' uma
coisa que toda a pessoa mais ou menos tem que saber. Acho que e' bem melhor
prevenir do que remediar e a maioria dos ratos de computador sabe disso.
A materia sobre Fidonet, bom, tenho que confessar algo: comecei p. baixo
com Z80, Apple e PC-XT (que ate' acho otimo p. editar este zine). Passando
esta fase, nao cheguei a entrar no lance de comprar um modem. Ate' hoje.
Usei sempre o dos outros. Nunca acessei uma BBS que nao fosse Internet,
apesar de ja' ter usado dial-up, atraves de uma universidade. E isso faz
tempo. Entao, apesar de ter feito carreira na Internet, de ter tido os
sintomas de "modem addiction" de uma materia que ja' pus no BE, nao sei que
as besteiras que escrevi sobre bbs fidonet. O artigo do Video-texto, esse
foi feito com base em memoria e entrevista com um aficcionado. Dito isso,
boa leitura.

INTRODUCAO
INDICE
OS PRIMEIROS HACKERS BRASILEIROS: OS VICIADOS EM VIDEO-TEXTO
CONFIANCA: COISA BOA OU RUIM?
A ETICA EM HACKING
FIDONET: ALTERNATIVA PARA INTERNET?
ESTUDANDO OS HACKERS
TO MITNICK OR NOT MITNICK
MANE' D.O.S. - Uma piada?
NEWS - DICAS - CARTAS
BIBLIOGRAFIA

OS PRIMEIROS HACKERS BRASILEIROS: OS VICIADOS EM VIDEO-TEXTO
============================================================

Introducao:

"O videotexto surgiu na decada de 70 procurando utilizar dois componentes
existentes nas residencias: o telefone e o televisor. A ideia era acoplar o
telefone e o televisor, possibilitando que sinais na rede telefonica
pudessem ser decodificados e apresentados na tela do televisor domestico.
Alem disso, para possibilitar que fosse interativo foi necessario um
adaptador com teclado que possibilitasse essa funcao."

Aplicacoes:

* Servicos de informacao: com noticias jornalisticas, anuncios e
informacoes de lazer como cinema, teatros, etc..
* Telesoftware: transferencia atraves do servico VIDEOTEXTO de programas e
arquivo
* Teleshopping: compras a distancia, sem o uso de combustivel e tempo de
transito, atraves do servico
* Homebank: prestacao de servicos atraves de instituicoes bancarias,
fornecendo informacoes de saldo, extratos de conta corrente, opcoes de
investimento, etc
* Servico de reservas: para agencias de turismo, hoteis, restaurantes,
etc..

(Introducao a Teleinformatica - Vicente S. Neto, Glaucio C.Lima, Anderson
A. Porto)

Tomei algum contato com o Video-texto em 1984-85. Foi um servico instituido
pela Companhia Telefonica, operando a velocidade 1200/75 bps, full-duplex.
Teoricamente, so' estava disponivel para quem era assinante. A pessoa
requisitava e entrava numa fila imensa para ter o seu terminal de
videotexto em casa. Algo parecido com esperar conseguir um telefone.
Naquele tempo quando ainda se falava do filme "Wargames" e do "poder" que a
pessoa podia adquirir comprando um computador, o Video-texto era algo
parecido com o que hoje conhecemos como Internet. Havia varios terminais de
video-texto em Shoppings, Bibliotecas e Centros Culturais. Basicamente, era
uma forma de "introduzir" e "desmistificar" a informatica para o cidadao
comum, que alias nao via muito sentido em pagar o preco altissimo por
aqueles micros de 64 kbytes que havia nas lojas.
Se nao me engano, o MSX - Hot Bit da Sharp era um micro que podia ser
configurado para acessar esse servico. Havia, entre outras possibilidades,
a de se fazer download de jogos MSX via telefone. Alem de labirintos de
opcoes referentes a servicos, charadas e correio eletronico. Os terminais
disponiveis nos Shoppings representavam verdadeiros pontos de encontro da
mocada. Normalmente havia fila, entao era uma peregrinacao ate' achar um
lugar, onde se pudesse explorar o sistema. Havia labirintos virtuais
explicitos, semelhante a uma sessao de software INFO2000, uma coisa meio
babaca hoje, mas na epoca, o maximo em ASCII-art. Porem o legal era a opcao
de correio eletronico, que nem todo mundo tinha acesso. O que hoje chamamos
de "Bulletin Board", na epoca era quadro de recados mesmo, mas tinha que se
ir descobrindo os comandos para chegar la', e eles mudavam de tempos em
tempos. Pode-se fazer bate-papos eletronicos on-line (assim disseram, nunca
vi) e fazer namoros on-line (embora esses namoros virtuais algumas vezes
fossem exatamente isso: ficcao).
Conversando com um ex-viciado, recentemente, tive noticia de que era
um pessoal que chegava a fazer encontros periodicos, tal qual hoje se faz o
IRC-contros em varias cidades do pais. O lugar era chamado "Casa dos
Nobres" ou coisa do genero, mas com o passar do tempo, a coisa foi
degenerando um pouco e os aficcionados foram rareando. Apareciam tudo o
quanto e' tipo de gente, policial, mauricinhos, patricinhas, radicais, uma
galera variada, que tinha em comum esse vicio de ficar on-line. Claro que
ai se trocavam os truques da arte: quando a telefonica passou a so'
permitir que modens registrados acessassem o servico, alguns "bambas" da
area descobriram como fazer um programa em Basic do MSX que lia o numero de
registro do modem "legitimamente" registrado e emulassem isso. Alias,
apesar de limitado, podia-se fazer muita coisa com esse BASIC.
Como por exemplo checar bancos de dados, descobrir o numero de
telefone de alguem ou mesmo coisas mais chatas, como o saldo bancario. Nao
que isso fosse facil. Haviam concursos e disputas. Ganhava quem fosse mais
rapido ou soubesse uma resposta "eletronica" para a coisa. Varios se
dedicavam a descobrir senhas para servicos que nao eram abertos para o
publico. As vezes o trabalho de conseguir a senha podia ser mais excitante
do que o servico ao qual ela dava acesso. Mas um acesso e' sempre um acesso
e servia de moeda de troca. Havia os colecionadores de acessos. Talvez
ainda haja. Claro que fazer algo ilegal ou criminal seria besteira, ja' que
o telefone da pessoa podia ser tracado.
Havia tambem brincadeiras de adolescentes, como o usar terminal
publico para se ligar na casa de um amigo. A pessoa do outro lado poderia
ser ouvida pelo "speaker" do aparelho. Quando nao se usava em Shopping, a
conta telefonica podia ser monstruosa. "Paciencia" tambem monstro para se
conseguir ligar, ja' que as linha telefonicas eram uma merda, como hoje.
A sessao caia o tempo todo. Mesmo assim, alguns se viciavam instantanea-
mente. E' uma forma de se fazer amigos sem sair de casa. Ate' namoro. Para
isso, era preciso ter seu codinome (no que alias e' sempre bom) e manter o
lance. Algumas vezes a pessoa tinha tres ou quatro codinomes, que usava com
pessoas diferentes e circulos de amizade diferentes.
Claro, havia as tentativas de se fingir ser outra pessoa. Adotando as
mesmas expressoes, o codinome, pontos de vista, etc. Quem manjava do
assunto, se encontrava fora, combinava uma senha para quando se encontrasse
on-line. Tipo: "Deu descarga no banheiro hoje?" "Nao, so' fiz a barba". Se
a contra senha nao funcionasse, tava na cara que era um fingidor. E os
codinomes, aquela coisa mais estranha: uns punham o nome "meto-bem", "ato-
falho", etc so' pra curtir o papo sem ninguem convidar pra conversar.
Hoje, com a Internet, as BBSes, talvez essa cena tenha ficado um pouco
apagada. As pessoas tambem evoluem e dificilmente ficam a vida inteira
curtindo esse ou aquele vicio. Mas o video-texto, embora atrapalhado pela
falta de previsao quanto a popularidade, foi o ponto de partida para varios
projetos informatizantes, como a Escola do Futuro, que atualmente usa a
Internet como forma de ligar varias escolas, incrementando o gosto do aluno
pelo ensino, tal como o video-texto incrementou o gosto de muitos pelo
computador.

CONFIANCA: COISA BOA OU RUIM?
=============================

Comecando com uma definicao de dicionario:

"fe'; crenca na bondade e integridade de alguem; expectativa ou esperanca;
alguem ou algo no qual se depende; credito garantido por caua da crenca na
intenco de alguem e capacidade de pagar; etc"
(The New Bantam English Dictionary - revised edition - o unico que eu tinha
a disposicao quando come